Primeira Indiada
Nesse findi foi nossa primeira indiada. Destino: Hampi.
Hampi é uma cidade que parou no tempo de 1500... Naquela época, com meio milhão de habitantes, era uma das cidades mais fortes da Índia. Hoje, com menos de 3000, é praticamente um parque arqueológico... Todos que vão a Hampi vão com o mesmo propósito: ver as ruínas dos Templos da Idade Média. Não sei de quem foi a idéia de ir para Hampi, mas acredito que foi uma boa escolha.
A Indiada começou na sexta-feira (8/7). Apenas algumas horas antes do embarque conseguimos a liberação para viajar (tínhamos aula no sábado). Mas, como diz a Lei de Murphy, se algo puder dar errado, dará. Nosso transporte para o centro nos deu bolo... Dois dois carros, apenas uma apareceu. Como estávamos em 16 pessoas, tivemos que ligar pra Deus e todo mundo pra conseguir outro transporte. Mas, como eu tenho dito, "no final tudo dá certo". Conseguimos chegar a tempo de pegar o maravilho trem e sua ótima classe chamada "sleeper class". O troço era uma coisa de louco. Em um espaço de 6 metros quadrados, cabiam 8 pessoas deitadas. 3 na direita, 3 na esquerda mais dois na ponta (um em cima do outro). Otimização de espaço total. Logo que entramos foi aquele choque, mas depois a gente se acostumou e até dormir eu consegui.
Após 12 longas horas, chegamos ao destino do trem, Hospet, que é uma cidadezinha pobre que só serve de conexão para outras cidades. Dá pra notar a pobreza quando se nota um grande número de animais fedorentos, como porcos. Tinha porco pra tudo quanto é lado, andando bem tranquilo nas "calçadas". Vaca então nem se fala... De lá até Hampi são uns 30 km, mais ou menos uma hora de rickshaw.
Hampi só tem um rua. O resto são ruelas de chão batido. Como falei anteriormente, só se vai a Hampi para ver os Templos. E tem Templo. Os importantes passam dos 30. Não tem como se ver tudo em dois dias. Alguns templos estão bem conservados, outros nem tanto. Mas no geral, é uma beleza só. Tem templo pra tudo quanto é Deus. Se não me engano, até Cristo tinha um templo... Tem um que fica em cima do morro, que dá uma visão geral de toda a cidade. Muito show de bola. Tiramos várias fotos lá de cima. Mostrarei assim que tiver em mãos... Acredito que o mais bonito era o Templo do Stone Chariat. É uma charrete construída de pedra monolítica. Muito perfeito. Ao lado da Chariat, tem o templo de Krishna, que possui colunas que fazem sons. Muito bacana. Cada coluna tem seu próprio som, que é dado pela largura da coluna. Vários templos possui referências ao Kama Sutra, em suas melhores posições...
À noite, fomos tomar umas cervejas, o que não é fácil quando se está em Hampi. Lá é proibido beber cerveja, por ser um lugar sagrado, mas vários restaurantes vendem... Pena que só vendem quente... Devido à dificuldade, fui com o Thiago dar uma procurada. Tínhamos que tomar uma ceva. Sem falta. Encontramos uma bocada ao lado do que se chama rodoviária (um espaço a céu aberto cheio de vacas sem nenhuma marcação). Kingfisher strong (8% de álcool) a 90 rúpias. E gelada. Que beleza...
Ainda voltamos para o restaurante para encontrar o resto do pessoal (devia ter umas 30 pessoas ao todo). Jogamos Piggy (no Brasil chama-se dorminhoco...), bebemos mais um pouco etc. O Thiago pra variar tava discutindo com os Irlandeses sobre Whisky. Eles juravam de pé junto que o whisky Irlandês é melhor que o Escocês... Falando em bebida, os mexicanos que estavam junto falaram que Jose Cuervo é de segunda categoria no México...
No outro dia, mais templos... Nem me deixaram dormir direito, tanto que acabei esquecendo meu chinelo lá... Pena que tivemos que sair cedo, lá pelas 2 da tarde.
A volta foi um capítulo à parte. Mesmo suados por causa do templos e sem tomar banho desde sábado à noite, pegamos o trem de volta para Hyderabad. Dessa vez foram 14 horas de muita jogatina... E o budum era geral. O pai não entraria naquele trem de jeito nenhum. Depois de horas de carteado, conseguimos dormir algumas horinhas. Chegamos em Hyderabad às 5:00. Estávamos em 14 pessoas e só tínhamos um carro. Contando com o motorista, eram 15 pessoas numa pickup que "só" cabia 10. Era um amontoado de gente e de mochilas incrível. Mais uma hora sofrendo com o budum.
Felizmente, ainda estamos vivos... :-)
7 Comments:
E aí Dudu??
Como vai o budum?
Tenho a impressão que ficariam com inveja dos banhos do Timba por aí!!! Abraços kiko, Nana e Timba!!!
Vem cá...jah conseguiu aprender alguma palavra de alguma das línguas nativas deles?
Oi Dudu:
Vai voltar um escritor, quem sabe vamos editar um livro da indiada? Não esquece dos bons hábitos. Banho!!!!
Beijos.
O Robison quer saber como são as indianas, lindas e perfumadas?
Mãe.
Olha, espero que as mulheres daí sigam o exemplo de seus machos: banho, só no sábado!!!
Realmente meu, acho que eu não poderia viajar nestes trens daí, prefiro os nossos. Se estiveres agora on line, abre o teu e-mail no Gmail; preciso do teu ID do Yahoo. Abraço. Pai
Oi Dudu:
Deixa de ser preguiçoso e atualiza o teu Blog, desde o dia 11 que nós estamos sem saber das novidades. Escreve um pouco sobre as indianas, hábitos, etc e também sobre as escolas universidades daí.
Beijos.
Mãe.
COMPLÔ!!!! Minha própria sogra querendo saber sobre as indianas!!!! Tu não tem nem que prestar atenção, seu danado!!! Nem em indianas, nem em irlandesas e afins...HUMPF!!!
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