A Indiada

Um ano de muita festa, bebida e mulher!!! Ou não...

Wednesday, July 20, 2005

Aí vão algumas fotos atrasadas da trip pra Hampi. Não postei antes porque eu estava meio sem tempo pra isso...

Essa foto mostra o templo principal de Hampi bem ao fundo. Essa escadaria apenas dá acesso aos outros templos, nada mais...




Outra foto meio à distância que não dá pra ver muita coisa, mas é bonita...
Aumentando a foto da pra ver um templo ao fundo que mais parece um forte.



Essa foto ao lado é o desenho de uma das posições do Kama Sutra. Achei bem interessante... Hehehe.
Indiano pode parecer meio devagar, mas burro com certeza não é... Pelo menos os ancestrais...

As posições do Kama Sutra estão espalhadas nas colunas de vários templos.


Esse é o mesmo templo te antes, mas com uma vista mais de cima. A foto foi tirada no subida de um outro templo, que fica em cima do morro...


Outra foto mostrando o mesmo templo. Tô com uma cara de quem comeu merda porque eu tava bem pertinho do barranco... Mais um pouco e eu caía...



Essa da esquerda fica bem em cima do morro. Na verdade a gente tava em cima do Templo que fica em cima do morro. Muito alto. Tem mais ou menos a mesma altura do morro da Lagoinha.
A vista lá de cima é muito show. Lá no fundo dá pra ver Hampi. O templo bem no meio da foto é o principal de Hampi e fica no centro da cidade...


Esse é o restaurante mais "badalado". Chama-se Mango Tree (Pé de Manga em Português). Tá no Lonely Planet. É bem interessante. Essa mesa fica abaixo de um enorme pé de manga. Não tem cadeiras pra sentar; senta-se no chão mesmo e não é permitido entrar de sapatos. Só não sei porque... A comida até que é boazinha... O único incoveniente é o bando de mosca que tem por perto...


Outro Kama Sutra. Esse tava esculpido em um outro Templo. Acho que era o Templo de Krishna, que fica ao lado do Stone Chariat.
Dispensa comentários...


Esse templo também fica ao lado do Templo de Krishna.
Não tem muito o que falar...


Aí do lado tá toda a galera que tava lá. Não vou escrever o nomes de todos até porque tem uns que mal conheço. Mas tem uns 3 do México, uma mina do Egito (primeira da esquerda), a galera irlandesa (ao fundo), duas minas da Polônia (a ruiva e a de chapéu), uma tailandesa (não preciso dizer quem né...), um canadense (o que tá do meu lado), um cara da Bulgária (terceiro da esquerda, e mais uma mina que não sei de onde saiu (atrás de mim).

Procurando alguém pra casar?!?

Hoje um grande amigo meu, cujo nome não posso revelar, estava procurando por alguma Indiana pra "marcar encontro" e achou esse site aqui na intranet da Satyam mesmo... Diz ele que foi por acaso... Ahã.

Só não me perguntem o que ele estava fazendo lá...

Consegui um screenshot pra mostrar aos "além mar"...

Matando aula pra cortar cabelo...

Hoje resolvi voltar aos bons tempos da Ufrgs e dar uma boa matada na aula de manhã. Aproveitei pra dar uma baita durmida até as 10:00. Que beleza!!!
Como aquela aula é uma chatice não aprendi absolutamente nada em 3 semanas, resolvi gasear mesmo... Não que eu seja um completo incompetente, é que a matéria não é nenhuma novidade...
Sem nada pra fazer e com o cabelo que era uma juba, resolvi aparecer na barbearia. Menos de 1 real pra cortar o cabelo... E a Vanessa que reclamava do corte do Gaúcho ali na frente de casa por 10 pila... tsc tsc.
Como eu tava mesmo a fim de arriscar a vida, resolvi fazer a barba. Mais um real desembolsado...
Não consigo aceitar muito a idéia de ter alguém com uma navalha no meu pescoço, mas tudo bem, o cara era "profissional".

Barba e cabelos cortadinhos. Até que ficou bom... Aí o cara me pergunta se eu quero passar óleo, ou algo assim. Foi o que o meu bom ouvido me permitiu escutar. Na verdade pensei que era gel... Nisso o cara saca um saquinho de ketchup com o tal do óleo e espalha na minha cabeça. Um cheirinho pra lá de ruim... Fazer o que. Depois de espalhar, o cara começou a fazer uma massagem no cabelo, e eu não entendendo que que era aquilo, mas deixei rolar. Dali um pouco o cara juntou as duas mãos e começou a bater de leve na minha cabeça. Sinistro. Bate lá, bate aqui... Muito estranho.
De repente eu vejo o cara pegar uma máquina de dentro da gaveta e o troço sai vibrando. Me apavorei. Pensei comigo: "É hoje...". Pra minha sorte o cara encaixou aquele "vibrador" na mão e passou no meu cabelo. Ufa... essa foi por pouco.
Tri boa a massagem... Até que o cara enfiou o dedo dele no meu ouvido. Nunca tinha visto isso em toda minha vida... O cara simplesmente atolou o dedo "vibrante" até o fundo (do ouvido, não esqueçam...). Muito engraçado. Só vendo pra crer!!!

O cara ainda passou aquela máquina nos meus pescoço e ombros. Se ele descesse mais um pouco eu corria dali. Ah se corria!! E pra finalizar o cara começou a virar minha cabeça pro lado. Achei que era normal. Mas aí o indiano forçou minha cabeça num movimento brusco até fazer "plec". Achei que tinha sido ocasional, mas depois que ele fez a mesma coisa pro outro lado, aí eu vi que de ocasional não tinha nada...

Mas saí são e salvo!!!

Tudo isso por apenas 3 reais. Barbada!!!!

Monday, July 18, 2005

38 horas

A seguir, seguem as primeiras fotos, tiradas durante as 38 horas de viagem para a Índia e os primeiros dias aqui em Hyderabad. Só envio agora porque a bruxa tava solta, não tinha jeito de baixar essas fotos...

Essa foto ainda é no Brasil, mais precisamente em Guarulhos. Tivemos que esperar umas 9 horas lá. Acho que conheci todo o aeroporto, todas as 4 asas, hehehe. Lógico que fizemos algumas comprinhas e alguns souvenirs...

Na direita segue uma foto mal batida do painel do Boeing 747 (se não me engano) da British Airways. Aviaozinho bala. Nessa pequena TV a gente viu vários filmes. Todos em inglês, é claro, mas deu pra pegar o espírito da coisa... Essa foto foi tirada logo na saída de Londres. Como a gente tava meio cansado, esquemos de tirar algumas fotos em Londres, e as que tiramos não tem muita graça de publicar...

Na esquerda segue outra foto do painel. Apenas achei interessante postar porque nesse trecho a gente tava sobrevoando a zona proibida, digo, Oriente Médio. Muito tri quando olhei no mapa e tava escrito, bem abaixo de nós, Bagdá. Irado...

A foto na direita foi tirada no segundo dia aqui na Índia. Esse é o ônibus que leva o pessoal pro centro (de graça, claro) e os outros dois na foto do meu lado são os irlandeses Patrick e Diarmuid (êta nomezinho difícil de pronunciar). Dá pra notar que os caras gostam é de passar calor mesmo. Eu ali de bermuda e camiseta de manga cavada e o cara de calça e manga cumprida.


Nesse mesmo dia (domingo) demos uma passada no Centro, só pra ter uma idéia do que é o negócio. Claro que tivemos que pegar o famoso Rickshaw (foto à esquerda). Essa foto foi batida enquanto o motora parava pra abastecer. É, o cara não tinha mais gasolina nem dinheiro, tivemos que pagar antecipado pra ele poder continuar... Apesar de instável, os Rickshaws são os melhores meio de transportes dentro da cidade. Rápidos e baratos. Andam por tudo que é lugar. Se for preciso entrar na contra-mão, sem problemas... O mais engraçado é que a gente vê algumas placas dizendo "Respeite as regras de trânsito", como se existissem... tsc tsc.

A foto da direita é a que melhor representa o caos indiano. Não me perguntem quem ta indo pra que lado, nem pra quem a sinaleira ta aberta, porque eu também não tenho a menor idéia. O mais engraçado disso é que tem um monte de pedestres ali no meio atravessando a rua na maior tranquilidade. Aliás, atravessar a rua na Índia é o maior pesadelo. Tem que ir avançando e fazendo os carros parar, caso contrário tu não atravessa a rua. Ainda vou gravar um filme atravessando a rua... hehehe

Na esquerda tem outro exemplo da organização do tráfego indiano. Dá pra ver alguns rickshaws simplesmente atravessando o fluxo. Os caras simplesmente vão em frente, os outros que parem. Aqui é assim: buzina e vai. Só isso...

Outra coisa estranhas são as árvores. Eles não cortam de jeito nenhum. Tem várias árvores que simplesmente ficam dentro da área de tráfego. Incrível. Tenho que tirar uma foto...

A última foto post é uma das mais engraçadas. Uma figura como essa aí do lado é muito comum de se encontrar por aqui. Não sei o que que o cara tá carregando na cabeça; mas com certeza esse sim é o legítimo vendedor-ambulante. Heheh.

Amanhã postarei algumas fotos sobre Hampi, a trip que fizemos no findi passado...

Satyam Technology Centre

Seguem algumas fotos do lugar onde estou hospedado aqui na Satyam. O lugar chama-se STC (Satyam Technology Centre) e é show de bola, como eu já tinha falado em outro post.

Ao lado podemos ver o Satyam Club (ao centro), que é um complexo que contém piscina, quadra de tênis, basquete, academia ginástica, etc. Bem ao fundo podemos ver os dormitórios, onde fica meu quarto. Parece longe, mas dá apenas uns 10 minutos caminhando, nem isso. Na direita dá pra ver melhor a "pequena" piscina. Que maravilha. Domingo passado fez um solzão aqui e deu pra pegar uma piscininha. No fundo fica a academia. Bem boa até. Os aparelhos são novos, não tem muita gente. Bem tranquilo.
Nesse prédio na esquerda ficam os dormitórios. Deve ter uma meia dúzia deles espalhados pelo STC. São bem bonzinhos. Água quente no banheiro, bem espaçoso também. Um detalhe interessante é que o aquecimento é feito por energia solar. No telhado de cada prédio tem uns 3 ou 4 espelhos enormes pra captar a luz solar.

A sala de aula (foto da direita) fica a apenas 3 minutos dos quartos. Então é tranquilo pra dar uma esticada na cama até mais tarde... A sala é excelente: ar condicionado, data show com a tela removível, cadeiras rotatórias super confortáveis. Perfeito, não fosse a chatice da aula... Ainda bem que é só um mês...

Têm mais algumas fotos sobre o Centro de Treinamento, mas acho que essas demonstram tudo o que é esse enorme complexo...

Monday, July 11, 2005

Primeira Indiada

Nesse findi foi nossa primeira indiada. Destino: Hampi.

Hampi é uma cidade que parou no tempo de 1500... Naquela época, com meio milhão de habitantes, era uma das cidades mais fortes da Índia. Hoje, com menos de 3000, é praticamente um parque arqueológico... Todos que vão a Hampi vão com o mesmo propósito: ver as ruínas dos Templos da Idade Média. Não sei de quem foi a idéia de ir para Hampi, mas acredito que foi uma boa escolha.

A Indiada começou na sexta-feira (8/7). Apenas algumas horas antes do embarque conseguimos a liberação para viajar (tínhamos aula no sábado). Mas, como diz a Lei de Murphy, se algo puder dar errado, dará. Nosso transporte para o centro nos deu bolo... Dois dois carros, apenas uma apareceu. Como estávamos em 16 pessoas, tivemos que ligar pra Deus e todo mundo pra conseguir outro transporte. Mas, como eu tenho dito, "no final tudo dá certo". Conseguimos chegar a tempo de pegar o maravilho trem e sua ótima classe chamada "sleeper class". O troço era uma coisa de louco. Em um espaço de 6 metros quadrados, cabiam 8 pessoas deitadas. 3 na direita, 3 na esquerda mais dois na ponta (um em cima do outro). Otimização de espaço total. Logo que entramos foi aquele choque, mas depois a gente se acostumou e até dormir eu consegui.

Após 12 longas horas, chegamos ao destino do trem, Hospet, que é uma cidadezinha pobre que só serve de conexão para outras cidades. Dá pra notar a pobreza quando se nota um grande número de animais fedorentos, como porcos. Tinha porco pra tudo quanto é lado, andando bem tranquilo nas "calçadas". Vaca então nem se fala... De lá até Hampi são uns 30 km, mais ou menos uma hora de rickshaw.

Hampi só tem um rua. O resto são ruelas de chão batido. Como falei anteriormente, só se vai a Hampi para ver os Templos. E tem Templo. Os importantes passam dos 30. Não tem como se ver tudo em dois dias. Alguns templos estão bem conservados, outros nem tanto. Mas no geral, é uma beleza só. Tem templo pra tudo quanto é Deus. Se não me engano, até Cristo tinha um templo... Tem um que fica em cima do morro, que dá uma visão geral de toda a cidade. Muito show de bola. Tiramos várias fotos lá de cima. Mostrarei assim que tiver em mãos... Acredito que o mais bonito era o Templo do Stone Chariat. É uma charrete construída de pedra monolítica. Muito perfeito. Ao lado da Chariat, tem o templo de Krishna, que possui colunas que fazem sons. Muito bacana. Cada coluna tem seu próprio som, que é dado pela largura da coluna. Vários templos possui referências ao Kama Sutra, em suas melhores posições...

À noite, fomos tomar umas cervejas, o que não é fácil quando se está em Hampi. Lá é proibido beber cerveja, por ser um lugar sagrado, mas vários restaurantes vendem... Pena que só vendem quente... Devido à dificuldade, fui com o Thiago dar uma procurada. Tínhamos que tomar uma ceva. Sem falta. Encontramos uma bocada ao lado do que se chama rodoviária (um espaço a céu aberto cheio de vacas sem nenhuma marcação). Kingfisher strong (8% de álcool) a 90 rúpias. E gelada. Que beleza...

Ainda voltamos para o restaurante para encontrar o resto do pessoal (devia ter umas 30 pessoas ao todo). Jogamos Piggy (no Brasil chama-se dorminhoco...), bebemos mais um pouco etc. O Thiago pra variar tava discutindo com os Irlandeses sobre Whisky. Eles juravam de pé junto que o whisky Irlandês é melhor que o Escocês... Falando em bebida, os mexicanos que estavam junto falaram que Jose Cuervo é de segunda categoria no México...

No outro dia, mais templos... Nem me deixaram dormir direito, tanto que acabei esquecendo meu chinelo lá... Pena que tivemos que sair cedo, lá pelas 2 da tarde.

A volta foi um capítulo à parte. Mesmo suados por causa do templos e sem tomar banho desde sábado à noite, pegamos o trem de volta para Hyderabad. Dessa vez foram 14 horas de muita jogatina... E o budum era geral. O pai não entraria naquele trem de jeito nenhum. Depois de horas de carteado, conseguimos dormir algumas horinhas. Chegamos em Hyderabad às 5:00. Estávamos em 14 pessoas e só tínhamos um carro. Contando com o motorista, eram 15 pessoas numa pickup que "só" cabia 10. Era um amontoado de gente e de mochilas incrível. Mais uma hora sofrendo com o budum.

Felizmente, ainda estamos vivos... :-)

Encontrando a parceria

Essa foto aí do lado vai ficar pra História. Quem diria que um dia eu atravessaria o mundo pra encontrar um dos meus melhores amigos lá num fim de mundo chamado Hampi... Grande Thiagão...
Estava devolvendo as caríssimas bicicletas que alugamos por 30 rúpias (R$1,50) quando encontrei essa figura. Ou melhor, ele me encontrou.
À noite, tomamos umas Kingfishers candlestinas (lá a cerveja é proibida) arranjadas na casa de alguém que fica ao lado da rodoviária (rodoviária??? aquilo parecia mais um curral...)

Não consegui falar com ele no dia seguinte, pois saímos cedo. Mas encontrar o Thiago com certeza valeu a viagem. Dia 30 tem mais o Carlos e o Giu. Aí eu quero ver...

Monday, July 04, 2005

Terminal Tuci

Esse fato aconteceu em nossa chegada a Mumbai, depois de quase dois dias de viagem. Como não tínhamos a menor idéia de como pegar o vôo para Hyderabad, fomos perguntar para um indiano que estava passando. Depois de alguns minutos de um inglês caótico e mímicas pra tudo
quanto é lado, conseguimos arrancar um nome: Terminal Tuci. O cara só falava "Terminal Tucí, tucí", (com bastante ênfase no "i"). Como todo perdido faz, fomos até o tal do terminal Tuci, que
supostamente ficaria no segundo andar. Depois de passar por algumas centenas de indianos se debruçando para recepcionar os que chegavam, alcançamos o terminal de embarque, que de fato ficava no segundo andar. Mas nada do terminal Tuci.

De um lado pro outro a gente perguntava: "Do you know where's Terminal Tuci??? No? No? Ok.. ok.." Até que encontramos uma placa e tudo ficou claro. Apenas os seguintes caracteres estavam escritos: "2C".

Maldito sotaque indiano...

Os Indianos

A pedidos de mais de uma pessoa, hoje falarei um pouco mais sobre os indianos. Acredito que a palavra que melhor define os indianos seja "Hospitalidade". Os indianos, com raras exceções, são muito acolhedores.

Onde quer que tu esteja, seja no bar, seja na sinuca, sempre vai ter alguém querendo conversar contigo; disposto a te ajudar e agradar. Semana passada eu estava parando observando os indianos jogarem pingue-pongue. Em apenas 10 minutos conheci 3 indianos que queriam saber tudo sobre mim já. Nome, país de origem, o que eu tava fazendo, que linguagens de programação eu sabia e assim por diante. Hoje reencontrei um deles, o VJ (lê-se Vidjei, apenas um apelido para um nome impronunciável). Mal cumprimentei e ele veio me fazendo perguntas, por onde eu andava e tal... Muito gente boa. Tem outros dois indianos que eu gosto de conversar porque o inglês deles é mais fácil de entender. São eles: Habib e Kunel. Parecem ter uns 30 anos. Ainda não perguntei a idade porque não encontro com muita freqüência. São tri acessíveis e bem abertos, sempre interessados em conversar, mesmo quando me engasgo com as palavras (quase sempre hehe).

Semana passada, quando fomos tomar uma Kingfisher num boteco aqui perto (e que boteco... o banheiro era uma coisa de louco) os caras nos deram carona pra casa... Eu não peguei, prefiri vir correndo... Andar de moto não é uma boa opção, ainda mais quando se está na Índia. Tinha que ver a cara de um deles quando tiramos umas fotos. O homem era só sorriso. Incrível. O pessoal da segurança é outro tipo de pessoa. Esses começam a rir só de te ver. Falar com a gente parece ser o maior trunfo da vida deles.

Lógico que são de uma casta inferior, mais pobres certamente. Mas não de espírito, pois possuem um carisma muito grande. Foi um deles que deu o chocolate pro Zamin por agradecimento. Não sei se foi ele que pagou, mas o que vale é a intenção.

Mas nem tudo são flores. Aguns são muito chatos. Ontem eu estava jogando sinuca com mais três indianos (na sinuca eles não são como no pingue-pongue, pois não jogam nada mesmo - de dar dó) mas eu queria mesmo era jogar bilhar (aquele jogo parecido com sinuca só que tem um
monte de bola vermelha e nenhuma tem número, apenas valores...). Na mesa de bilhar, tinha apenas um indiano jogando sozinho. Primeiro, ele nem estava jogando, apenas "batendo bola". Fui me escalar pra jogar com ele e o cara me fez uma cara feia, resmungou alguma coisa (óbvio
que não entendi bulhufas) e continou na vidinha inútil dele. Voltei pra minha sinuca, mas fiquei puto da vida. O Zamin também encarou um desses na mesa de bilhar (sempre ela). Ele tava quase jogando quando veio o responsável dizendo que era só para sócios e não sei mais o que. Quando ele se deu conta, os caras já tinham roubado a mesa dele e ficou por isso. Baita sacanagem.

Outro detalhe dos indianos são seus modos de andar. Andar abraçado é a coisa mais normal do mundo. A coisa mais comum que se encontra por estas bandas é achar um indiano de mão dadas ou abraçado a outro. Chega a ser nojento. Outro dia vi três de mãos dadas. Arghhh. Ainda não vi ninguém sentar no colo, anida bem. No primeiro domingo aqui fomos no Cinema. Lá tinha um andar só de jogos, mas parecia ponto gay.

Só dava os caras abraçados. Segundo dia e eu dou de cara com essa cena. Chocante.

Outro detalhe chocante da cultura são os indianos mijando na rua.

Muito estranho. Em plena luz do dia, seja qual for a hora e o local, deu uma vontadezinha qualquer, o cara bota o bilau pra fora e manda brasa. Muito louco. O cara tá caminhando no centro bem tranquilo mas, quando olha pro lado, tem um indiano tirando água do joelho. E não parece ser falta de respeito, porque o cara simplesmte fecha a braguilha e continua a vida.

Enquanto isso, os rickshaws continuam a toda. Que loucura que é andar naquilo. Parece que vai bater a todo momento. Ainda estou por ver eles virarem... Outra cena sensacional é ver a negociação em torno do pagamento. Cada vez que se vai pagar é uma briga por 5 rúpias (mais ou
menos uns 25 centavos de real....)

E a caça a um cyber cafe continua... Tá difícil achar decente em Hyderabad. Ainda não conseguimos baixar as fotos.

Sunday, July 03, 2005

O mundo reunido...

Ontem (sábado - 2/7) fomos ao centro fazer algumas comprinhas básicas. Alguns compraram roupas, outros sapatos. Eu e o Zamin rachamos uma caixa de som. 1400 W de potência. Agora dá pra colocar no meu mp3 player e escutar alguma música... Show de bola. 1000 rúpias mais pobre, mas fazer o que.

Depois de fazer as compras (ainda não achei um livro bom de inglês) e comer uma deliciosa pizza no Pizza Hut (pizza sem pimenta, que beleza), fomos encontrar com outros treinees que estão há mais tempo na Índia. Nem todos são da Satyam, mas estão no mesmo flat. Ao todo são 8, num duplex muito bala. Muita espaço desperdiçado, algumas salas enormes, mas era show de bola.

O mais legal desse encontro é que tinha gente de tudo que é continente (menos África). Se não me engano era assim: 2 brasileiros, 3 canadenses, 2 franceses, 2 mexicanos, 1 tailandesa, 1 japonesa, 2 polonesas e alguns irlandeses. O pessoal é muito gente boa. Tomamos algumas kingfisher e depois voltamos pra pegar o nosso bus de volta pra Satyam (50 minutos de volta às 22:00 é foda).

Sexta-feira chegaram mais 4 trainees coreanas, aumentando para 20 a nossa turma. Agora somos 2 brasileiros, 2 polonesas, 4 coreanas e 12 irlandeses. O sotaque mais difícil ainda é dos irlandeses. Quando eles começarem falar as palavras por completo, talvez eu entenda...

Não posso dizer que eu esteja realmente "gostando" daqui. Dizer isso seria ilusório. Acredito que a melhor palavra que define meus sentimentos seja "Aceitação". Apesar de o centro tecnológico ser show de bola e o pessoal tri acessível; ainda não fiz nada, a cidade é um caos (toda hora é hora do rush - o movimento e o buzinaço não cessa um minuto sequer) e a comunicação é difícil. Mas não pensem que estou odiando. Longe disso. A experiência é fantástica, sem dúvidas. A curva do choque cultural está subindo... Bom sinal...

Mas a cada dia vejo alguns progressos. Tenho falado com dois indianos que conheci aqui na Satyam e o inglês deles é bem mais fácil. Seus nomes são Habib e Kunel. Quinta eu conheci outros dois, um apelidado de (Vijey, ou apenas VJ eu acho) e outro não lembro o nome. Gente
fina. Os indianos são bem acessíveis. Outro dia um segurança precisava de ajuda no Word e o Zamin ajudou o cara a formatar o texto. O cara ficou tão agradecido que no dia seguinte ele deu m chocolate pro Zamin. Interessante... Esses seguranças são muito parceiros. Toda vez que a gente os encontra é só perguntar como eles estão que já abrem aquele sorriso de orelha a orelha. Nem preciso perguntar nada pra ele que ele já responde: "Lab 3", que é o laboratório disponível pra acessar a Internet. Hehehe.

Em breve postarei algumas fotos. Algumas muito bizarras.
E a indiada continua...

Saturday, July 02, 2005

A Satyam

Sexta-feira passada (dia 1/7) tivemos nossa primeira apresentação interessante. O palestrante, e nosso contato aqui na Satyam, é o Ravi Vatapalli, ou algo parecido. Até dá pra entender o inglês do cara, mas tive que fazer muito esforço. É claro que não entendi tudo, nem esperava entender; até porque uma semana na Índia não vai me fazer fluente em inglês. Nem em português eu consigo pegar 100% de uma palestra, imagina em inglês. Depois de 7 horas de palestra (com três paradas para café da manhã, almoço e café da tarde) eu tava acabado. O esforço que eu faço para entender é enorme. Mas o progresso continua. Devido à dificuldade, algumas coisas só fui compreender lendo o Blog do Zamin, heheh.

Bom, pra início de conversa, a empresa é uma multinacional (presente em 46 países) com aproximadamente 22.000 funcionários. E pretende dobrar esse número em 3 anos. Estamos aí pra ver. O escritório em São Paulo possui apenas 2 funcionários (isso mesmo, dois) e ainda não está legalizado. Mas já é um começo. O forte da empresa é a prestação de serviços de offshore e outsourcing, que significa, bem por cima, terceirização da área de TI ou algo assim. Na verdade é bem mais que isso, mas ainda não encontrei uma explicação convincente... :-)

Como um dos objetivos da empresa é ser líder global, ela deve possuir uma equipe global, ou multi-cultural. Assim, ela recruta trainees de todo o mundo. Acredito que nossa presença é mais de reforço de imagem da empresa e marketing do que mão-de-obra mesmo. Tô tentando encontrar argumentos contrários a essa idéia... E para reforçar a tese, até agora, a única exigência que fizeram foi para nunca pararmos de aprender... Só querem que aprendamos e era isso... Trabalhar pra quê né...

Nessa palestra assistimos a um filme numa sala especial da Satyam. Muito show. Algo como uma realidade virtual. Não lembro o nome dessa sala. A sala tinha 5 telões (4 na frente e um embaixo, muito irado) todos meio que interligados, com uma imagem saindo de um e entrando no outro. As telas continham um monte de animações tridimensionais e coisa paracida. Uma certa hora tinha uma apresentação das galáxias e tal, aí um monte de luzinhas apareceram no teto mesmo simulando os planetas. Muito bonito. Resumindo, era mais ou menos uma lavagem
cerebral, hehe, revelando o Satyam Way.

Bom, tenho mais 4 semanas de "treinamento" para depois decidir onde irei coçar o s*** (hehe, brincadeirinha). Enquanto isso, a lavagem continua...

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